quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tudo o que eu precisava realmente saber aprendi no jardim de infãncia

Nesse finzinho de férias, com uma saudade dos meus aluninhos, resolvi postar aqui uma reflexão que vi no meu primeiro livro de chamada lá da escola. É lindo, é verdadeiro, pois demonstra a importãncia desse período escolar e o valor de cada coisinha que ensinamos, que muitas vezes nos parece insignificante mas que irá fazer uma grande diferença no futuro das crianças.

Grande parte do que eu realmente preciso saber sobre a vida,
o que fazer, como ser, eu aprendi no jardim da infância.
Não foi na universidade nem na pós-graduação
que eu encontrei a verdadeira sabedoria,
e sim no recreio do jardim da infância.
Foi exatamente isto que aprendi: compartilhar tudo,
brincar dentro das regras, não bater nos outros,
colocar as coisas de volta no lugar onde as encontrei,
limpar a própria sujeira, não pegar o que não era meu,
pedir desculpas quando machucava alguém,
lavar as mãos antes de comer, puxar a descarga do banheiro.
Também descobri que café com leite é gostoso,
que uma vida equilibrada é saudável
e que pensar um pouco, aprender um pouco,
desenhar, pintar, dançar, planejar
e trabalhar um pouco todos os dias, nos faz muito bem.
Tirar uma soneca todas as tardes,
tomar muito cuidado com o trânsito,
segurar as mãos de alguém e ficar juntos,
são boas formas de enfrentar o mundo.
Prestar atenção em todas as maravilhas
e lembrar da pequena semente
que, um dia, plantamos em um copo de plástico.
As raízes iam para baixo e as folhas iam para cima
mas ninguém realmente sabia nem porquê.
Mas nós somos assim!
Peixinhos dourados, hamsters e ratinhos brancos;
e até mesmo a pequena semente do copo de plástico,
tudo morre um dia. E nós também.
Tudo que você realmente precisa saber esta aí.
Faça aos outros aquilo que você gostaria que eles fizessem para você.
Amor, higiene básica, ecologia e política
contribuem para uma vida saudável.
Penso que tudo seria melhor se todos nós
- o mundo inteiro -
tomássemos café com leite todas as tardes
e descansássemos um pouquinho abraçados a um travesseiro.
Ou se tivéssemos uma política básica em nossa nação
e em todas as coisas também,
para sempre colocarmos as coisas de volta ao lugar
onde as encontramos, limpando nossa própria sujeira.
E ainda é verdade que, seja qual for a idade,
- o melhor é darmos as mãos e ficarmos juntos!



por Robert Fulghum – Trad. Ernesto H. Simon

2 comentários:

  1. Oi July, que texto lindo!
    E por curiosidade, você da aulas para crianças?
    Parece ser um doce de professora.
    bjÂo!

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  2. Sim Ana, em educação infantil, mais precisamente em Berçário, amooooooo.
    E eu sou um doce sim, rsrsrs
    Bjos

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